Frei Anastácio apoia Força Sindical, que se manifestou contra forma como Bolsonaro quer conceder novo auxílio
O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) manifestou apoio a uma nota divulgada pela Força Sindical que defende a volta do auxílio emergencial com o valor de R$ 600 e não com a quantia de R$200, como planeja Bolsonaro, além do atrelamento do benefício à carteira verde e amarela.
A nota diz que “Atrelar este programa, que sequer foi aprovado pelo Congresso Nacional, ao “Bônus de Inclusão Produtiva”, nome dado ao novo auxílio emergencial, de valor e público reduzido, é somente mais um passa-moleque que o governo Bolsonaro quer dar nos trabalhadores”. Ou seja, é uma enganação, segundo o deputado.
Para Frei Anastácio, a proposta no valor de R$ 200 é indecente. Ele reafirma seu compromisso em lutar, junto à bancada do PT, pela volta do auxílio emergencial no valor de R$ 600, diante do sofrimento por que passam milhões de brasileiros e brasileiras.
“Já derrubamos essa proposta de R$ 200, em 2020, e estamos prontos para derrubar em 2021. O povo brasileiro merece e precisa mais que um auxílio de R$ 200. Não se trata apenas de dinheiro para comprar o mínimo, mas de dar um pouco de dignidade para essas famílias que enfrentam as consequências do caos econômico do país. Vamos dizer ‘não’ à essa proposta e lutar pela volta do auxílio no valor de R$ 600”, comentou.
Confira a nota completa da Força Sindical:
O governo Bolsonaro estuda reeditar o auxílio emergencial, mas desta vez de apenas R$ 200 e atrelado à aceitação, pelo beneficiário, da malfadada carteira verde-amarela, idealizado para retirar ainda mais direitos dos trabalhadores e ampliar o contingente de milhões de trabalhadores informais.
O programa da tal carteira verde-amarela não só não resolve a enorme demanda social por apoio econômico do governo federal aos trabalhadores desempregados e autônomos nesse momento de acirramento da pandemia, como tenta recolocar na ordem do dia o tema do esfacelamento da legislação trabalhista.
Atrelar este programa, que sequer foi aprovado pelo Congresso Nacional, ao “Bônus de Inclusão Produtiva”, nome dado ao novo auxílio emergencial, de valor e público reduzido (estima-se que as despesas da União com o tal do BIP seriam da ordem de R$ 6 bilhões por parcela, contra cerca de R$ 50 bilhões gastos por parcela com o auxílio emergencial de 600 reais em 2020), é somente mais um passa-moleque que o governo Bolsonaro quer dar nos trabalhadores.
A Força Sindical repudia mais esta jogada nefasta do governo Bolsonaro. Junto com as demais centrais sindicais e com os sindicatos faremos o possível para que a volta do auxílio emergencial de R$ 600 seja aprovada, sem a retirada de nenhum direito.
São Paulo, 8 de fevereiro de 2021
Miguel Torres
Presidente da Força Sindical