O deputado federal Frei Anastácio (PT/PB) afirmou que a possibilidade de anulação do processo de condenação de Lula, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), já modificou as articulações do cenário político brasileiro. “Agora, os articuladores passaram a trabalhar com mais um cenário político, que é a possível presença de Lula na disputa pela Presidência da República em 2022, disse”.
O parlamentar acredita que essa possibilidade é real e estão caindo as máscaras das injustiças cometidas pelo ex-juiz Sérgio Moro, contra Lula, na Operação Lava Jato. “Nós sempre denunciamos que as decisões do ex-juiz contra Lula, eram políticas e com intenção de beneficiar Bolsonaro. Foi isso que o Supremo Tribunal Federal entendeu, através da segunda turma”, destacou.
Frei Anastácio relatou que o STF decidiu retirar a delação de Antônio Palocci do processo contra o ex-presidente, porque entendeu que a inclusão da delação de Palocci, a seis dias da eleição presidencial, beneficiou Bolsonaro. “Além de incluir a delação nos autos, Moro fez a divulgação através da mídia. Isso foi um ato vergonhoso, que nós denunciamos, mas não fomos ouvidos”, lembrou.
Punição para Moro
Frei Anastácio acrescentou que outra vitória importante para Lula, foi o direito de a defesa ter acesso ao acordo fechado pelo Ministério Público Federal, com a Odebrecht. “Nem isso a defesa de Lula tinha direito de ver e analisar. Moro e a Lava Jato conduziram um processo todo direcionado para condenar Lula e tirar o direito dele concorrer nas eleições de 2018. Mas, a face criminosa do ex-juiz Moro está revelada pela Suprema Corte do Brasil”, afirmou.
O deputado disse que “esperamos que seja feita justiça em relação à condenação de Lula, que aconteceu por suposições do ex-juiz, como ele mesmo revelou nos autos. É preciso também que o ex-juiz Sérgio Moro seja punido pelos crimes que cometeu com magistrado. Se o que ele fez, como magistrado, já foi considerado ilegal pela Suprema Corte, isso não pode ficar impune”, sugeriu.