O deputado federal Frei Anastácio participou da programação da Marcha das Margaridas, durante grande parte da manhã desta quarta-feira (14), em Brasília, em caminhada até a Esplanada dos Ministérios. “A grande esperança de mudanças sociais, econômicas e políticas no Brasil está nas mobilizações populares”, disse o deputado.
Frei Anastácio ressaltou que nas mobilizações das Margaridas e das mulheres indígenas estão representantes do Brasil inteiro denunciando e reivindicando melhorias para o povo. “Diante desse governo da destruição, só o poder do povo é que poderá frear essa onda de maldades contra a nação. A mais recente foi aprovada ontem, com o nome de liberdade econômica, que institui trabalho até nos domingos e feriados sem hora extra, nem remuneração”, afirmou.
A Marcha das Margaridas conta com a participação de agricultoras familiares, ribeirinhas, quilombolas, pescadoras, extrativistas, camponesas, quebradeiras de coco, trabalhadoras urbanas e dos movimentos feministas e de mulheres indígenas, além da presença dos movimentos sociais, a exemplo do Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Comissão Pastoral da Terra (CPT).
Nome da Marcha
O nome da marcha presta homenagem à Margarida Maria Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, que foi assassinada no dia 12 de agosto de 1983. As investigações comprovaram que ela foi assassinada, na presença de um filho criança, com um tiro de espingarda calibre 12, a mando de latifundiários. Margarida foi presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande por mais de 10 anos. Entre as lutas dela, estavam o fim da violência no campo, da qual ela foi vítima. Margarida também lutava pelo respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário e férias remuneradas.